Quando eu entrei na faculdade, pensei que aqueles trabalhos com cartazes – em que nós fazemos margem numa cartolina, colamos uma figura, escrevemos primeiro a lápis, depois passamos pincel atômico por cima e finalizamos apagando as linhas que serviram de apoio – seriam apenas lembranças da minha oitava série. Acreditei também que as peças de teatro amadoras ficariam para trás, junto com tudo o que havia vivido nos meus não tão distantes tempos de escola. “Na faculdade, os professores solicitarão trabalhos muito bem fundamentados em leituras e discussões previamente realizadas, cheio de citações que comprovem tudo aquilo que afirmamos.” pensava eu. Houve sim esses tipos de trabalho. E não foram poucos! Literatura e Estágio foram os campeões nesse quesito. Mas foi a disciplina de Literatura que mais nos permitiu criar. Não precisamos nos fundamentar em Massud Moises, nem nos PCNs ou Orientações Curriculares para que realizássemos o que foi para mim o mais prazeroso trabalho da faculdade: a adaptação da peça “A história de uma fita azul”, de Machado de Assis. Prazeroso não apenas por lidar com uma história interessante e fácil de ser contada, mas sim por ter podido compartilhar momentos incríveis com pessoas maravilhosas, dispostas e, principalmente, talentosas. Arrumamos o cenário, decoramos as falas dos personagens, adaptamos o sotaque e pronto: a peça estava pronta para ser apresentada. A maior recompensa, certamente, não foi a nota máxima alcançada. Foi sim ouvir os aplausos dos nossos colegas e do nosso professor e a sensação de dever cumprido. Por alguns instantes, em um palco improvisado, aqueles atores amadores se sentiram os mais profissionais de todos. E que emoção sentimos naquele momento! Porém, instantes depois, o “sinal” tocou. O “público” se foi. As luzes se apagaram. O “cenário” foi desmontado. O “figurino” foi trocado e, cada um reencarnou o personagem que melhor cai bem: nós mesmos. Voltamos à realidade. Sem fitas azuis ou coloridas, apenas sendo nós mesmos. Não sei se os personagens da peça irão um dia se reencontrar, mas certamente, seus representantes, entre encontros e desencontros farão o possível para que os laços firmados - azuis, multicolores ou transparentes - sejam mantidos fortemente unidos, conectados, ligados, prendidos e vinculados. São sentimentos como os divididos com vocês, que ator nenhum, por melhor que seja, conseguirá transmitir aos seus espectadores. Essa é magia da vida, que só o mundo real pode proporcionar e só quem compartilha consegue sentir. Espero que vocês, colegas, atores ou espectadores, sintam hoje e sempre o mesmo que eu e, que nossas fitas jamais se rompam, mesmo que elas existam apenas em nossa memória... ou quem sabe, em nosso coração.
Com carinho,
Chá
O que posso dizer desse pimpolhinho que escreve com maestria e sintetiza os sentimentos!?!?!?!?
ResponderExcluirQue meus laços e fitas (pra dona Janaína q é moça bonita, q é moooooça bonita heheh) eu jamais desatarei! J-A-M-A-I-S!!!
Bjuuuuuuu amo vcs!
Chá,
ResponderExcluirCertamente nossas fitas nunca serão rompidas.... que saudades das tantas peças que apresentamos, umas sérias, outras prá lá de engraçadas, cada um com seu estilo ou com o estilo do personagem ou com uma miscelânia de estilos... Enfim, somos únicos e iguais ao mesmo tempo!
Adóooooooooro vcs!!! bjos!!!
Tânia
aaaahhhhh
ResponderExcluirMeu empregadoooo!!
Mas, sinhô!!!
Foi maraaa..
bjos
mi